terça-feira, 18 de março de 2008

Expocom Sul 2008 recebe inscrições até dia 24

Os alunos interessados em participar do Expocom Sul 2008, a mostra de pesquisa experimental em Comunicação da Intercom, têm até o dia 24 de março, segunda-feira, para se candidatar. Nesse dia termina o prazo para que as instituições de ensino superior enviem a lista dos alunos que irão submeter trabalhos para o evento. Cada instituição pode inscrever apenas um trabalho por categoria.
Em 2008, as categorias do Expocom sofreram modificações. A principal mudança diz respeito à possibilidade de que alunos que produzam de forma independente (produto) possam concorrer em categorias separadas de alunos que atuam em projetos com respaldo institucional (processo).
A inscrição funciona em duas etapas: primeiro, a instituição envia a lista dos finalistas, até o dia 24 de março. Depois disso, os alunos têm até o dia 26 de março para enviar um poster (categoria produto) ou paper (categoria processo) sobre a peça a ser submetida. Logo após, devem enviar, em formato digital, o trabalho a ser avaliado.Em maio, no Intercom Sul, em Guarapuava-PR, as peças deverão ser defendidas oralmente. Os vencedores em cada categoria do Expocom Sul ficam habilitados a participar da premiação nacional, em setembro, no Intercom 2008 (HTTP://www.intercom.org.br), na cidade de Natal-RN

Por Gabriela Zago

Alunos da Ecos realizam campanha

Operação Novelo – Aqueça seu coração
Estudantes da disciplina de Comunicação Comunitária e Cidadania preparam um projeto de arrecadação de lã diretamente ligado ao já conhecido “Bouquet do Amor” realizado em Pelotas.
Os alunos realizarão uma grande campanha, e vários serão os pontos de arrecadação dos novelos de lã. Entre o campus 1 e 2 da Universidade, ainda serão pontos o Posto Dom Joaquim, Buraco da Agulha, Caminata, Circulo Operário e Fundação Universidade Federal do Rio Grande, visto que, os veículos de comunicação da Furg e da cidade do Rio Grande também divulgarão a campanha.
Para a divulgação e realização plena do projeto, coordenado pela professora Cristina Porciunculla, os acadêmicos se dividiram em grupos para a criação de textos, arte, folder’s, programas de rádio, vinhetas para tv, produtos para web, entre outras formas de divulgação.
Participe você também desta campanha e ajude a aquecer o inverno de uma criança carente.

Daiane Roldão

Alunos de Jornalismo Digital transmitirão aula em tempo real

A Escola de Comunicação Social da UCPel promove a aula inaugural de Jornalismo e Publicidade e Propaganda nesta quarta-feira, dia 19 de março, às 19:00h. Um grupo de alunos da disciplina de Jornalismo Digital fará a cobertura do evento on-line. Para acompanhar a aula via internet, bastará acessar http://jornalppinaugura.blogspot.com.
A aula será ministrada pela jornalista e publicitária Gisele Honscha, profissional que integra a agência digital CUBOCC. Graduada pela UCPel, Gisele possui especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação. Atualmente, é mestranda em Comunicação e Informação na UFRGS. Intitulada “A Comunicação Social na Web 2.0: Tendências e Perspectivas para Publicitários e Jornalistas”, a aula tratará de assuntos relacionados a mídias sociais, publicidade e jornalismo na internet e inserção destes profissionais na web.


Por Bárbara Cosenza

Jornalismo Ambiental: a cobertura especializada de uma história quente

O Incêndio na Estação Ambiental do Taim, repercutiu na mídia gaúcha de forma expressiva. Jornais, sites, rádios e redes de televisão acompanharam e transmitiram a história. Mas, e o jornalismo especializado, como foi a sua cobertura do fato? O professor Sadi Sapper fala ao Atuação sobre o posicionamento do jornalismo Ambiental, frente a este acontecimento.
Atuação – A cobertura do incêndio na Estação Ambiental do Taim foi satisfatória quanto a complexidade do tema e a abordagem feita pela imprensa especializada?
Sadi – Há 3 níveis de avaliação da cobertura a serem feitos: do ponto de vista dos veículos, do ponto de vista da recepção e do ponto de visto dos cânones do que deveria ser um bom Jornalismo Ambiental. Sob este último aspecto, deixou a desejar, porque a cobertura foi localizada, isolada, tratando a questão como um mero fato policial ou acidente, de forma a-histórica. Do ponto de vista do público, não lembro de ninguém ter se queixado ou elogiado a cobertura, ou seja, não houve maior criticidade social, creio que por ser um período de férias e também porque, infelizmente, as pessoas parecem que já estão acostumadas com este tipo de problema. Quem deu maior cobertura ao fato foi a imprensa do Sul, especialmente a TV e a mídia impressa. Aquela parte do Taim que incendiou está no município de Rio Grande e creio que os meios de comunicação rio-grandinos foram parcimoniosos na cobertura.

Atuação – Que enfoques podem ser percebidos nessa cobertura?
Sadi – Creio que revistas especializadas que têm periodicidade bimestral, semestral, etc, ainda falarão sobre o episódio. Na mídia, em geral, houve uma certa salada de frutas, ou seja, o incêndio foi registrado em páginas policiais, em editorias de interior do Estado ou geral e, mais raramente, em coberturas especiais de meio ambiente. No material que li, não senti predominância daquele que deveria ser o grande binômio gerador e motivador do Jorn. Ambiental, ou seja, “Educação e Preservação”.

Atuação – Em comparação a outras pautas ambientais, a abordagem da mídia especializada foi satisfatória?
Sadi – Pelo que pude observar, deixou a desejar e não respondeu a questões essenciais, como por exemplo: Incêndios como esse podem se repetir? O que fazer para evitá-los? Qual foi o real prejuízo das espécies animais e vegetais do Taim? Qual é a fiscalização de que dispõe o Parque? Será que é possível manter uma Reserva dessa magnitude cortada ao meio por uma estrada por onde passam milhares de veículos, inclusive cargas tóxicas e perigosas, por dia?

Atuação – O que os acadêmicos que pretendem especializar-se em jornalismo ambiental podem aprender com a cobertura da imprensa especializada neste fato?
Sadi - Cada cobertura de um fato, se analisada, sempre nos traz lições, pelo que foi feito e pelo que ficou faltando. Uma bom exercício seria comparar o trabalho da mídia no episódio, tirar lições, fazer críticas. Ver o que as autoridades disseram e cobrar delas, no tempo certo, o conteúdo de suas justificativas e promessas. Uma dica: os estudantes que gostam disso, ainda que já vá fazer quase dois meses do incêndio, poderiam ir ao local, entrevistar pessoas, olhar e fotografar o que sobrou, enfim, montar o seu próprio quadro de referências e cotejá-lo com o que perceberam na cobertura da imprensa.

Por Larissa Reinhardt

segunda-feira, 17 de março de 2008

Mobilização da Prefeitura de Rio Grande diante de uma catástrofe ecológica

Nos seis dias do incêndio na Reserva Ecológica do Taim, secretarias e equipes da Prefeitura Municipal do Rio Grande se mobilizaram a fim de evitar grandes prejuízos à região. Naquela ocasião, além de acompanhar e testemunhar o desenvolvimento do trabalho das equipes, o prefeito Janir Branco, através do decreto de lei nº 9.829, declarou situação de emergência em parte da área atingida pelo fogo na reserva. Também mobilizado com a situação, o secretário do Meio Ambiente, Norton Gianuca, caracterizou o desastre como "uma perda muito grande para a estação ecológica, a fauna e a vida". Sobre os prejuízos, Gianuca comenta que na época do desastre "muitas espécies se encontravam com seus com filhotes, ninhos foram queimados e existem ainda várias espécies vulneráveis ou consideradas em extinção. Foi um desastre ambiental muito grande".
O incidente foi registrado pelo Gabinete de Imprensa, através do gerente de comunicação e marketing, Ramão Freitas. "Na época visitamos todos os principais locais de operação. O prefeito teve acesso ao relatório que estava sendo feito pelos responsáveis da Estação", lembra Freitas. De acordo com o gerente, o relatório apontava os prejuízos, "principalmente para a fauna e a vegetação da reserva. Mas o pior prejuízo se concentrava na fauna, por que a vegetação era mais fácil de reconstituir".

RISCOS
Durante o encontro, o chefe da Estação Ecológica relatou à Prefeitura os riscos que os andarilhos causam às reservas ecológicas. "Ele nos relatou que é comum encontrar pessoas que adentram a reserva e sem se dar conta do risco e sem ter o mínimo cuidado, fazem fogo e até mesmo churrascos", conta.
Segundo Freitas, a reserva passa agora a estudar formas de abordagens no intuito de tentar oferecer mais segurança a esses espaços. "O IBAMA também está estudando alternativas para reforço de proteção à reserva, porque segundo eles, estas incidências são muito comuns no local", conclui o gerente de comunicação e marketing.
Por Bruno Kairalla

De olho na natureza brasileira

Como questões ambientais brasileiras são vistas no exterior?

“Oficialmente, o objetivo do presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, é alcançar um ‘desmatamento zero’ na Amazônia. Mas o Brasil está muito longe disso”. Com estas palavras pouco otimistas, a correspondente no Brasil do jornal francês Le Monde, Annie Gasnier, iniciou uma das principais reportagens da edição do último dia 1o de março. A constatação se baseia em dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em janeiro desde ano. Segundo o INPE, cerca de sete mil km2 de florestas foram derrubados entre agosto e dezembro de 2007 para ceder espaço à criação bovina e ao cultivo de soja e de cana-de-açúcar. A Amazônia estaria assim sob a pressão da pecuária e do etanol. O presidente Lula pediu à Polícia Federal que tomasse providências. Assim, no dia 26 de fevereiro foi lançada uma operação integrada por 300 homens com o objetivo de combater o desmatamento ilegal no Pará, Mato Grosso e Rondônia, onde a situação é mais preocupante.
De acordo com a matéria, intitulada “Amazônia brasileira: o desmatamento se agrava”, os governantes brasileiros estão encurralados entre dois dilemas, que são a preservação da floresta e o crescimento econômico. Neste sentido, a autora da reportagem argumenta que há uma batalha entre duas mulheres: Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Dilma Rousseff, chefe do gabinete da presidência. Gasnier menciona também a longa quilometragem de estradas clandestinas, por onde é transportada a madeira ilegal. De acordo com a jornalista, o Brasil quer “mostrar que se preocupa com a Amazônia, pois teme uma internacionalização da gestão da maior floresta tropical do planeta”. Tal afirmação é sustentada, na matéria, por citação do agrônomo brasileiro Mauro Victor, autor do livro Brasil, o capital natural.
No dia 17 de setembro do ano passado, Le Monde já havia publicado uma matéria intitulada “A Amazônia asfixiada pela soja”, denunciando o plantio do grão em grande escala no estado do Pará, em plena área florestal. No entanto, a Reuters publicou somente em 25 de janeiro deste ano um comunicado a respeito do aumento do desmatamento. Segundo a agência, ambientalistas alertam que a demanda por grãos levará a uma alta da destruição da floresta. No dia 12 de fevereiro deste ano, o diário francês Le Figaro se antecipou ao Le Monde ao estampar o título “Desmatamento recorde da Amazônia brasileira” numa de suas principais reportagens.
Em 1º de janeiro deste ano, o New York Times publicou uma reportagem sobre os problemas gerados pela coabitação da onça-pintada e do gado de corte no Pantanal. Consoantemente às edições francesas sobre a Amazônia, o jornal americano mostrou que a preservação da fauna é pouco respeitada toda vez que há interesses econômicos em jogo.
Frente a este cenário de acusações, parece haver uma dissonância entre o que a mídia brasileira e a estrangeira divulgam sobre questões ambientais do Brasil. Aos brasileiros nunca foi negado o acesso à informação que a Amazônia está sendo desmatada ou que a onça-pintada precisa ser protegida. Contudo, não se pode negar certo descaso do governo quanto à gravidade do assunto. Por outro lado, a imprensa estrangeira parece dramatizá-lo ainda mais, uma vez que não há evidências de que o governo brasileiro realmente tema uma internacionalização da gestão da Floresta Amazônica.
As reportagens dos jornais franceses introduzem o assunto sugerindo que o recuo do desmatamento nos últimos dois anos não poderia durar muito. O desequilíbrio entre lei e fiscalização é apontado como maior vilão da história, o que constitui um ponto de convergência entre a imprensa nacional e a internacional. Ainda assim, algumas colocações tendenciosas problematizam a imagem do meio ambiente brasileiro no exterior. Numa reportagem publicada em 12 de fevereiro deste ano por Le Figaro e intitulada “Um bispo disposto a morrer por um rio”, relata-se a greve de fome de Luís Flávio Cappio em protesto ao desvio do rio São Francisco. Ora, 20% dos comentários enviados pelos leitores da matéria criticam a imprecisão do jornalista e, conseqüentemente, desmistificam a complexidade do projeto. Das oito reações geradas pela reportagem, duas argumentam que não se trata de um desvio total e sim parcial, pois a obre consiste numa punção de dez por cento do rio para a irrigação. Em suma, alguns leitores estão atentos a exageros cometidos por veículos estrangeiros, preocupados em sensibilizar a opinião pública a respeito da incapacidade do governo brasileiro de gerir de forma sustentável seus recursos naturais.
Até que ponto há distorção e exagero por parte da imprensa européia? Até que ponto há omissão e descaso por parte da imprensa brasileira? Estariam leitores franceses e americanos mal informados? Estariam leitores brasileiros bem informados? Diferentemente dos problemas ambientais urbanos, que podem ser presenciados pela grande maioria dos leitores, a preservação da flora e da fauna silvestres precisa ser focada com a maior nitidez possível, já que o olhar dos cidadãos comuns pouco alcança esta realidade.

Por Barbara Cosenza

Comunidade Científica apresentou projetos para a área

No dia 29 de fevereiro aconteceu uma reunião no auditório do Centro de Pesquisas e Gestão dos Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuarinos - CEPERG, em Rio Grande. O objetivo do encontro foi reunir instituições de pesquisas interessadas em colaborar no monitoramento da Estação. Representando a UCPel, estiveram presentes os professores Rafael Dias e Marcelo Dutra.
Segundo o professor Marcelo Dutra, os danos à Estação Ecológica do Taim, após o incêndio que consumiu aproximadamente cinco mil hectares dos 33 mil hectares da reserva, não foram tão graves como foi noticiado. O professor explica que a possibilidade de recuperação de um sistema após uma pressão é muito grande quando se trata de um banhado, toda a área possui forçantes que garantem que a área continue sendo um banhado, possui um terreno plano, arenoso e com saturação de água: "estes forçantes não foram modificadas com o sinistro", disse.
Os professores da UCPel sugeriram a construção de um banco de dados com um plano de manejo para a estação que facilitaria a tomada de decisões para a conservação e preservação da área e uma análise, via satélite, das áreas que são mais sujeitas a incêndios por estarem com menor concentração de água.
Dutra explica que para que este trabalho possa ser desenvolvido pela UCPel é necessário recursos financeiros e a universidade não possui estes recursos. "Agora estamos aguardando nova reunião, pois o chefe da Estação Ecológica, Amauri Sena, está lutando para conseguir estes recursos junto ao Ministério do Meio Ambiente e viabilizar o nosso trabalho", conclui.

Por Silvana Moreira

O que aconteceu no Taim

Registro dos meios de comunicação.

Decretada situação de emergência em parte da Estação Ecológica (29 de janeiro)
O incêndio na área de juncais secos de um banhado da Estação Ecológica (Esec) do Taim, inciado na segunda-feira 28 de janeiro, manteve-se até o final da tarde de terça-feira, apesar de em proporção menor. Fonte: Jornal Agora

Incêndio na Estação Ecológica do Taim (30 de janeiro)
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a expectativa de contenção do incêndio se deve às chuvas que caem na região e ao trabalho realizado pelo Exército, a Aeronáutica e o Corpo de Bombeiros. Ao todo 160 pessoas trabalham para conter o incêndio. Fonte: Agência do Brasil

Incêndio no Taim começa a ser controlado (31 de janeiro)
Nesta quinta-feira 31 de janeiro, o maior foco, na área sul da reserva, foi quase todo controlado na madrugada. Entre 23h e 3h, um grupo precisou deslocar-se emergencialmente para uma das áreas de banhado, onde um foco havia ressurgido. Por estar próximo a uma propriedade rural, onde estavam acampados brigadistas de incêndio, foi necessário trabalhar intensamente para não deixar o fogo se alastrar. Fonte: Zero Hora

Incêndio no Taim pode acabar hoje (1°de Fevereiro)
Depois de cinco dias, pode chegar o fim hoje o incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim. Segundo o Superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, Fernando da Costa Marques, que esteve ontem na Esec, o otimismo se deve tanto à chuva que finalmente chegou à região, quanto ao trabalho realizado no final da quinta-feira pelo avião Hércules da FAB, com capacidade de transportar 13 mil litros de água. Fonte: Ibama

A natureza fará o Taim renascer (17 de fevereiro)
Duas semanas depois de controlado o maior incêndio já registrado na Estação Ecológica do Taim, no extremo sul gaúcho, o momento agora é de atenção e cuidado. Analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) passarão os próximos meses acompanhando o processo de regeneração dos 4.760 hectares do banhado atingidos pelo fogo que se estendeu de 28 de janeiro a 2 de fevereiro. Fonte: Zero Hora

Importante saber:
Situada no Estado do Rio Grande do Sul, compreendendo partes dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, próximo do Arroio Chuí, na fronteira do Uruguai, encontramos a Estação Ecológica do Taim, com uma área de 32.038ha. Um dos principais motivos que levaram à criação da Estação Ecológica do Taim em 21.7.86, pelo decreto n2 92.963, foi o fato de esta área ser um dos locais por onde passam várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia.
A simples utilização da estação como área de descanso, de crescimento ou nidificação torna-a ainda mais importante pois para as espécies migratórias a destruição de uma área na rota de migração pode colocá-las em risco de extinção.
Fonte: http://www.vivabrazil.com/estacao_ecologica_do_taim.htm

Por Mirela Pinho

sexta-feira, 14 de março de 2008

Destruição no Taim culpa de quem?

Uma ação exclusiva da natureza? Ou será culpa do homem com problemas mentais que jogou o cigarro de palha na mata? Ou simplesmente culpa de uma sociedade despreocupada com o mundo em que vive? Muitas dúvidas, mas nada ainda está esclarecido.
Para se dar o inicio deste artigo, é necessário recordar alguns pareceres importantes para se entender o decorrer do texto. A Estação Ecológica do Taim tem como lema proteger um dos principais ecossistemas do país, a fauna ameaçada de extinção e preservar o local de passagem de aves migratórias. É um patrimônio mundial.
A representatividade do Taim na região é muito forte, a utilização potencial do Taim, em tempos antigos, era para a pecuária extensiva, que originava o couro beneficiado nas charqueadas de Pelotas. A Estação Ecológica do Taim tem valor especial para estudos ecológicos e conta com toda uma infra-estrutura para o desenvolvimento de pesquisas. Não é permitida a visitação pública com o objetivo de lazer, porém atividades de Educação Ambiental são promovidas. Parece que é um alerta da Estação para o bicho-homem: “Afaste-se daqui e deixe-me viver”.
Um problema muito enfrentado são os agrossistemas no entorno da área que provocam a deficiência de água e diminuem a qualidade do solo, trazendo grandes prejuízos econômicos e ambientais. Outros problemas enfrentados pela unidade são: as queimadas, os atropelamentos de animais na BR-471, a pesca e a caça.
Além desses prejuízos corriqueiros do dia-a-dia, o dia 28 de Janeiro de 2008 com certeza será marcado como um dos dias mais tristes para o meio ambiente. Neste dia, que antecedia o Dia Internacional das Zonas úmidas, a Estação Ecológica do Taim pegou fogo, sendo considerado o maior desastre da história do parque. Segundo a RBS TV, a área do litoral sul do Estado consumida pelas chamas alcançou pelo menos cinco mil hectares. O vento forte, além de alastrar os focos, ofereceu riscos e prejudicou o controle das labaredas. Graças à ação imediata do pessoal do IBAMA, bombeiros e voluntários, pessoas que não consideravam apenas uma grama incendiando, o fogo foi apagado. Até avião da FAB ajudou. E para sorte nossa, choveu dias depois, e a natureza nos ajudou. Para se ter noção da gravidade do problema, o Taim tem 33.815 hectares e pode ter perdido quase 20% nesse incêndio.
Faço retorno ao inicio do texto, no qual a causa do incêndio ainda não foi esclarecida. Alguns dizem que parece ter sido uma ação da natureza, no qual ninguém teve culpa. Já outros, acreditam que o fogo começou quando um homem com problemas mentais jogou um cigarro de palha na mata. Mas na verdade todos nós em pleno século XXI temos nossa culpa. Não há preocupação na conservação do meio ambiente, esse incêndio acabou servindo de alerta como divulgação para uma consciência ambiental. O meio ambiente é a grande morada do ser humano, é isso que ninguém deve esquecer.
Quem quer mudar este quadro infeliz, pode começar a defender campanhas de preservação da fauna e flora, despertando a consciência ecológica em crianças, jovens e adultos, fazer o replantio de árvores, criar canteiros de flores, realizar monitoramento e denúncia de ameaças de poluição ambiental, aprender a separar o lixo reciclável e criar um grupo de consciência ecológica para crianças em comunidades menos favorecidas.

Por Viviane Moraes

Taim uma lição de vida e amor

Em 1978, foi sonhada a Estação Ecológica do Taim. Com uma área de 33.815 hectares onde diferentes espécies de animais seriam acolhidas e tratadas com carinho e atenção.
Parte do sonho saiu do papel e em 1986 quando foi criada a estação com 11 mil hectares, menos da metade do esperado, mas segundo o chefe da Estação Ecológica do Taim, Amauri Motta, existe uma discussão para que o sonho de 78 seja consolidado, e assim a reserva passe a ter 33.815 hectares, “A Estação ecológica do Taim foi sonhada em 1978 com 33.815 hectares, em 1986 foi criada com 11mil, hoje estamos em discussão do processo de consolidação da área original”, diz Motta.
Hoje a Estação ecológica do Taim é a mais importante do estado, pertencendo a dois municípios, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, nela predomina o eco sistema pantanoso, onde diversas espécies de animais vivem.
Pouco mais de um mês atrás, em 28 de fevereiro, Motta e os demais colegas da estação passaram por cinco dias de grande angústia. Um andarilho com problemas mentais foi encontrado junto a um foco de incêndio que tomou proporções maiores, queimando 4.746 hectares de terra na reserva.
O local era de difícil acesso o que dificultou a chegada do socorro, foram precisos aviões para apagar as chamas que se espalharam rapidamente junto à vegetação de banhado que encobre a área. “Quando tu vê a tua paixão queimando assim, é como se estivesse queimando a mim mesmo” emociona-se Motta.
Motta trabalha na área há 13 anos e conta nunca ter visto tal tragédia. A última vez que um incêndio destruiu parte da reserva ecológica foi em 1994, quando as suspeitas também apontavam para incêndio provocado por terceiros e não pela natureza.
Tanto Motta como os colegas de trabalho contaram muito com o apoio de instituições e pessoas, voluntários no combate as chamas. “O fogo trouxe uma grande lição para todo mundo, de como as pessoas e instituições podem ser solidárias”, ressalta. Além disso, o incêndio parece ter servido de aprendizado. “Tu precisa sair do desastre mais inteligente”, diz Motta, que já leu muitos livros sobre este assunto, mas que diz que quando se sente na pele o acontecimento é bem diferente do que nos livros.
Segundo Motta, “fogo em banhado é complicado de se conter, vai salvando parcelas”, mas a área onde 236 espécies de aves, 51 de peixes, 20 de répteis e aproximadamente 20 de mamíferos crescem, já esta começando a se restabelecer. Ele diz que tenta ofertar um espaço onde aja harmonia natural para os animais e comemora, “A flora já esta renascendo forte”, completou emocionado.

Por Shana Dockendorff

Alunos podem começar a montar suas chapas estudantis

Após um ano de mandato, a chapa Movimentação anuncia que está em contato com a Comissão Eleitoral (COE) da universidade para dar início à eleição 2008 para escolha dos novos integrantes do Diretório Acadêmico do Centro de Educação e Comunicação. Mesmo sem data definida para o período de inscrição, os organizadores orientam para que os alunos montem suas chapas desde já.
Não há número máximo de equipes inscritas nem de integrantes para cada uma. A única orientação é para que os grupos tenham no mínimo seis integrantes, entre os quais devem estar distribuídos os cargos de presidente, vice-presidente, 1º e 2º tesoureiros, secretário e ao menos um suplente. Logo no início a chapa Movimentação tinha 14 participantes, dos quais apenas cinco seguem até hoje. Alguns tiveram de se afastar por motivos acadêmicos, outros simplesmente abandonaram o diretório.
A mudança da antiga escola de Comunicação Social (ECOS), que englobava os cursos de jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas, para Centro de Educação e Comunicação (CEC), com adição dos cursos da área de educação e os tecnólogos de Produção Fonográfica e Design de Moda, trará alterações nas chapas. Elas agora terão de contar também com alunos desses outros cursos visto a necessidade, não que isso seja obrigação.
Toda faculdade tem direito a um diretório acadêmico composto por alunos que irão representar o todo. São várias as funções desempenhas pelos membros do diretório, Entre as principais estão as organizações de atividades extra-classe, de transporte para ir a eventos acadêmicos, organização de debates, defensoria dos direitos dos estudantes, organização de reivindicações e ações políticas dos alunos e realização de atividades culturais como festas, feira de livros, festivais diversos, entre outros.

Por Mônica Jorge

Teatro Escola faz turnê no Estado

Ator e estudante de Jornalismo João Monteiro Fala sobre a turnê pelo estado do Teatro Escola de Pelotas.
O espetáculo os Saltimbancos da terra de aghaskar, patrocinado pelo SESC, saiu em turnê pelo estado no dia 10 de março e retorna somente dia 20 do mesmo mês. É um projeto feito pelo teatro escola de Pelotas é o grupo de teatro mais antigo em atividade no Brasil, tendo sido coordenado pelo professor Walter Sobreiro Júnior, da Universidade Católica e, agora, por Bartira Franco.

Como é basicamente o espetáculo?
É espetáculo de rua que lida bastante com a falsa, com o grotesco. É em cima da tradição falsa bem falsestico, são diversas esquetes dentro de um espetáculo que deve durar aproximadamente uma hora ou um pouco mais.

Como foi o teu ingresso no mundo artístico? Como é ser ator e quais as perspectivas para a carreira?
As melhores possíveis, agora com o apoio e patrocínio do SESC o que é muito difícil em Pelotas, ter uma produção o que não acontece com freqüência, de repente consiga decolar a carreira, que começou com ingresso no jornalismo e foi despertada pelo professor Walter através da disciplina de teatro. A partir daí fui para o teatro escola, acabei por me apaixonar pelo mesmo o que me tornou um profissional há quatro anos.
Espero que essa turnê seja a primeira de muitas da minha vida, o meu sonho mesmo e viver do teatro.

E para a cidade tem alguma apresentação prevista?
A gente está com previsão de uns 10 dias após o retorno a Pelotas, apresentar na rua, provavelmente na Praça Coronel Pedro Osório.

Por Margo Bueno

Festa Fantasia da Comunicação

A idéia era apenas fazer uma pequena festa com poucas pessoas. Os colegas Matheus Cardozo e Marcelo Oxley, conversavam em um bar nas proximidades do Campus II, quando surgiu a idéia de confraternização.
A primeira edição em abril de 2007, reuniu mais de 120 alunos da Escola de Comunicação e também de outros cursos da UCPel. Na segunda edição, foram mais de 200 alunos e expectativa já de uma nova festa.
Reconhecida, a Festa a Fantasia da Comunicação, procura um novo espaço para realizar mais um encontro, uma vez que, os organizadores esperam um público superior a 300 pessoas, “temos alguns dias para fechar com o salão e também com os patrocinadores. O pessoal do Campus II, pergunta todos os dias sobre os preparativos”, disse Marcelo.
A festa foi marcada para 04 de abril e o local ainda está indefinido pelos organizadores. Porém o que tudo indica é que às fantasias poderão ser vistas no ginásio da AABB. Com intuito de brincar e se divertir sem nenhum tipo de violência, Matheus, Marcelo e Tiago (também organizador), esperam contar com alunos do primeiro semestre, professores e todos que já tiveram a oportunidade de participar da festa.

Por Marcelo Oxley.

O Olhar de Zero Hora sobre o incêndio do Taim

Não foram só os jornais locais que destacaram o desastre ecológico na reserva do Taim. O incêndio na Estação Ecológica foi objeto de reportagens diárias no jornal Zero Hora, de circulação estadual e nacional (jornal impresso com maior circulação no Rio Grande do Sul, e 5º maior no país), entre os dias 30 de janeiro e dois de fevereiro, tendo recebido destaque na capa do jornal nos dois primeiros dias da cobertura.
As matérias foram feitas pelo repórter Rodrigo Santos, da Casa Zero Hora de Rio Grande-RS, e contaram com a colaboração de fotógrafos, da editoria de arte de ZH, e dos repórteres Eduardo Cecconi, Caroline Torma e Ronan Dannenberg.
Longas reportagens, algumas inclusive com duas páginas, foram fartamente ilustradas com fotos do incêndio e imagens de arquivo da reserva. Além disso, no jornal impresso vinha a chamada para que o leitor acessasse o site do jornal Zero Hora para ter acesso a uma galeria com mais fotos além das que constavam na edição impressa do dia. A cobertura do jornal também contou com a presença constante de infográficos, que ajudavam a explicar as informações sobre o acontecimento de uma forma visualmente interessante.
Com imagens e infográficos, o jornal Zero Hora conseguiu transmitir de uma forma mais clara as informações sobre o incêndio na Estação Ecológica do Taim. As inúmeras fotos tiradas no local do incêndio, por sua vez, permitiram que os leitores tivessem uma experiência mais próxima ao acontecimento.

Zero Hora usa infográficos em cobertura do Taim
Um dos destaques da cobertura do jornal Zero Hora sobre o incêndio na Estação Ecológica do Taim foi a grande presença de infográficos. Reportagens que misturavam mapas, ilustrações, fotos e texto tornavam mais simples para o leitor poder compreender uma grande quantidade de informação de jornalismo especializado.
Na primeira vez em que o caso foi noticiado no jornal, em reportagem no dia 30 de janeiro, a matéria trazia um pequeno mapa com a localização da Estação Ecológica do Taim. No dia seguinte, 31 de janeiro, a reportagem sobre o incêndio vinha acompanhada de um infográfico ilustrado que explicava de uma forma didática o processo de formação da Reserva e as espécies que habitam a Estação. No dia 1º de fevereiro, um infográfico colorido e em 3D explicava como estava sendo feito o combate ao fogo.
No dia 17 de fevereiro, quinze dias depois do término do incêndio, o assunto voltou a receber destaque no jornal através da presença de um infográfico completo, que trazia diversas informações sobre a Reserva, as espécies que habitam o Taim, as conseqüências do incêndio, e o tempo estimado de recuperação da área.
Com os infográficos, o jornal Zero Hora conseguiu transmitir de uma forma mais clara as informações sobre o incêndio na Estação Ecológica do Taim.

Por Gabriela Zago e Lara Bohm

Intercom Sul 2008 acontece em Guarapuava

Fique ligado nos prazos para inscrição e participe!

Acontece entre os dias 29 e 31 de maio, o IX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul, na cidade de Guarapuava, Paraná. Este ano o tema central do encontro é Mídia, Ecologia e Sociedade, e será sediado no Unicentro - campus Santa Cruz.
Para realizar as inscrições, é preciso ficar atento as datas e prazos que são os seguintes:
Taxa reduzida - Até 07/04/2008
Estudante Graduação – R$ 30,00
Associado– R$ 50,00
Não Associado - R$ 100,00
Taxa promocional – Até 22/04/2008
Estudante Graduação –R$ 40,00
Associado– R$ 60,00;
Não Associado - R$ 120,00;
Taxa regular – Até 05/05/2008
Estudante Graduação –R$ 50,00
Associado– R$ 70,00;
Não Associado - R$ 140,00;

Para mais informações sobre o Intercom Sul você pode entrar em contato com a sede deste ano pelo telefone (42) 3621-1060/ 1090, e-mail: intercomsul2008@unicentro.br ou ainda pelos sites www.unicentro.br/intercomsul2008 e www.unicentro.br/expocomsul2008

O Intercom
A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - Intercom - é uma associação científica sem fins lucrativos, fundada em São Paulo, a 12 de dezembro de 1977. Tem por objetivo contribuir para a reflexão pluralista sobre os problemas emergentes da comunicação,além da formação de modelos de análise da Comunicação consentâneos com a sociedade e a cultura brasileiras e aperfeiçoamento a revitalização intelectual dos sócios, mediante o intercâmbio de experiências entre os pesquisadores da área da Comunicação, mantendo intercâmbio com organismos congêneres, em nível regional, nacional e mundial.

Por Daiane Roldão

Jornalista publica Dossiê Veja

Luis Nassif faz uma análise detalhada do jornalismo praticado pela revista
O jornalista Luis Nassif vem fazendo uma profunda crítica ao jornalismo praticado pela revista Veja, numa série intitulada Dossiê Veja. As reportagens são veiculadas no Weblog do jornalista: http://www.projetobr.com.br/.
Durante a carreira, Nassif transitou por vários veículos da grande imprensa nacional, como a Folha de São Paulo e, paradoxalmente, a própria revista Veja. O maior destaque do articulista foi na editoria de economia, pela qual recebeu o prêmio de “Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se em 2003 e 2005”.
No Blog, o jornalista faz uma análise detalhada de diversas reportagens da revista, bem como traça comentários sobre a forma com que o veículo trabalhou determinados temas por várias edições. Exemplo é a matéria “A imprensa e o estilo Dantas”, publicada no site em três de março deste ano.
O articulista critica também os conceitos de jornalismo adotados nas reportagens. Segundo ele, o método da Veja implica o trabalho sobre fatos verdadeiros, mas não essenciais às reportagens, e distorção sobre declarações dos entrevistados, tudo conectado por meio de forte adjetivação (“O método Veja de jornalismo”, de 08 de março de 2008).
A edição de março da revista Caros Amigos traz uma entrevista com Luis Nassif em que ele conta detalhes do embate com a Veja. “Eles pegaram um para-jornalista [Reinaldo Azevedo], um sujeito que, talentoso, não tem nenhum compromisso com os fatos, e começaram a usar o cara para atirar em adversários”, revela o entrevistado.
O jornalista não tem apoio da grande Imprensa nessa série crítica contra a Veja, aliás, nem do Observatório da Imprensa, como conta na entrevista à Caros Amigos. Porém, Nassif não atribui o sucesso ao potencial da Internet, porque, para ele, o diferencial não está na ferramenta, mas no verdadeiro Jornalismo: “Hoje a série criou uma massa crítica por conta da Internet? Não, a Internet está disponível para todo mundo. É porque teve Jornalismo”, argumenta à revista Caros Amigos.
por Bruno Leites.