Para se dar o inicio deste artigo, é necessário recordar alguns pareceres importantes para se entender o decorrer do texto. A Estação Ecológica do Taim tem como lema proteger um dos principais ecossistemas do país, a fauna ameaçada de extinção e preservar o local de passagem de aves migratórias. É um patrimônio mundial.
A representatividade do Taim na região é muito forte, a utilização potencial do Taim, em tempos antigos, era para a pecuária extensiva, que originava o couro beneficiado nas charqueadas de Pelotas. A Estação Ecológica do Taim tem valor especial para estudos ecológicos e conta com toda uma infra-estrutura para o desenvolvimento de pesquisas. Não é permitida a visitação pública com o objetivo de lazer, porém atividades de Educação Ambiental são promovidas. Parece que é um alerta da Estação para o bicho-homem: “Afaste-se daqui e deixe-me viver”.
Um problema muito enfrentado são os agrossistemas no entorno da área que provocam a deficiência de água e diminuem a qualidade do solo, trazendo grandes prejuízos econômicos e ambientais. Outros problemas enfrentados pela unidade são: as queimadas, os atropelamentos de animais na BR-471, a pesca e a caça.
Além desses prejuízos corriqueiros do dia-a-dia, o dia 28 de Janeiro de 2008 com certeza será marcado como um dos dias mais tristes para o meio ambiente. Neste dia, que antecedia o Dia Internacional das Zonas úmidas, a Estação Ecológica do Taim pegou fogo, sendo considerado o maior desastre da história do parque. Segundo a RBS TV, a área do litoral sul do Estado consumida pelas chamas alcançou pelo menos cinco mil hectares. O vento forte, além de alastrar os focos, ofereceu riscos e prejudicou o controle das labaredas. Graças à ação imediata do pessoal do IBAMA, bombeiros e voluntários, pessoas que não consideravam apenas uma grama incendiando, o fogo foi apagado. Até avião da FAB ajudou. E para sorte nossa, choveu dias depois, e a natureza nos ajudou. Para se ter noção da gravidade do problema, o Taim tem 33.815 hectares e pode ter perdido quase 20% nesse incêndio.
Faço retorno ao inicio do texto, no qual a causa do incêndio ainda não foi esclarecida. Alguns dizem que parece ter sido uma ação da natureza, no qual ninguém teve culpa. Já outros, acreditam que o fogo começou quando um homem com problemas mentais jogou um cigarro de palha na mata. Mas na verdade todos nós em pleno século XXI temos nossa culpa. Não há preocupação na conservação do meio ambiente, esse incêndio acabou servindo de alerta como divulgação para uma consciência ambiental. O meio ambiente é a grande morada do ser humano, é isso que ninguém deve esquecer.
Quem quer mudar este quadro infeliz, pode começar a defender campanhas de preservação da fauna e flora, despertando a consciência ecológica em crianças, jovens e adultos, fazer o replantio de árvores, criar canteiros de flores, realizar monitoramento e denúncia de ameaças de poluição ambiental, aprender a separar o lixo reciclável e criar um grupo de consciência ecológica para crianças em comunidades menos favorecidas.
Por Viviane Moraes
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