O minuto que faz a diferença: preserve a vida.

Um minuto é tempo suficiente para mudar uma vida para sempre! Certamente essa frase deveria fazer parte do manual do proprietário, como regra principal. A época em que os acidentes de trânsito eram considerados obras do acaso, grandes fatalidades, caíram por terra. Hoje, a maioria das mortes no trânsito, são causas da própria imprudência dos motorizados, ou de pessoas que sofrem com a imprudência do outro motorista. A situação é verdadeiramente dramática, e o número de mortos provocados por estas causas evitáveis só é menor do que as oriundas de doenças cardio-circulatórias. As mortes por ano, principalmente em feriados chegam a 400 mil pessoas, e o custo desses acidentes ultrapassa R$5,3 Bilhões ao ano. (Fonte Detran).
É claro que nem todos os motoristas usam o carro de forma violenta, mas muitas vezes o condutor mesmo sabendo dos riscos, não consegue perceber a necessidade de reduzir a velocidade. Talvez por um egocentrismo exacerbado, uma confiança excessiva de que ele é inabalável. Aliás, por que é que todo mundo acha que acidentes só acontecem com os outros? Por que é que todo jovem é um super-herói até que uma tíbia quebrada prove o contrário? Por que é que tanta gente – não apenas os jovens, justiça seja feita – dirige como se estivesse brincando num simulador, onde os choques, capotamentos, explosões e incêndios são virtuais, não produzem dores nem luto em família? Irresponsabilidade ou desconhecimento? Insensibilidade ou inconsciência? Inocência ou burrice?
Não podemos condenar o otimismo, mas esse sentimento não é um dos mais adequados quando a vida humana está em jogo. Não é aconselhável pensar sempre que tudo vai dar certo, quando, se algum pequeno desvio desmentir esse pensamento positivo, uma juventude inteira pode ser ceifada: um piscar de olhos pode ser suficiente para que toda uma vida de otimismo seja transformada no amargor de um futuro destruído – isso quando ainda resta futuro para ser lamentado. Conscientização deve ser a palavra de ordem, mas o medo da água fria só vem, infelizmente, quando o gato já está escaldado. (citação - Psicóloga Maria Lúcia Junqueira)
O trânsito é mais um canal de conscientização sobre nossas atitudes e escolhas. Podemos optar por morar em locais mais próximos do trabalho, buscar horários alternativos, encontrar formas para não se irritar nas situações críticas e reivindicar dos governos soluções em relação à mobilidade das pessoas. O que não podemos é nos tornarmos os super heróis, abusar do trânsito e causar às vezes nem a nossa morte, mas destruir, matar a vida de muitas pessoas que podiam nem estar envolvidas nisso. Imprudência, é a palavra que deveria ser retirada das nossas vidas, para o aumento da qualidade de vida nos trânsitos. E a conscientização, a ciência de que é muito melhor perder um minuto da nossa vida, mas não perdermos a nossa vida, é o que faz a diferença! Preserve sua vida e a dos outros!.

Por Viviane Moraes