quinta-feira, 24 de abril de 2008

Parindo estrelas como uma ostra ferida

Você já reparou em como algumas pessoas tem a necessidade de saber o que você está pensando? Isso porque muita gente teme o silêncio: insegurança. Outras pessoas são inquietas e não podem ficar muito tempo sem falar – lhes aflige.
Mas por que isso se às vezes, realmente, nos desconectamos do mundo e sequer temos noção do que estamos pensando? Nunca lhe aconteceu? Todos os dias somos bombardeados de informações que vêm dos pontos todos, cardeais e colaterais, e, até mesmo, de lugares inóspitos da terra ou do subconsciente.
Por que será que desejam tanto uma mente organizada e clara, se o complexo e extraordinário Nietzsche mesmo disse, que “é preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante.” Talvez necessitemos mais tempo para peneirar o que absorvem nossos sentidos.
Há uma história, de autor desconhecido, que assim o diz: “Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia”. Todos os dias substâncias estranhas invadem nosso cérebro desconexas e produzem uma espécie de “efeito adrenalina”, fartas informações que confundem qualquer mente, sã ou insana.
Portanto para que nossos neurônios não entrem em curto circuito, o melhor é ganhar tempo. Outros podem referir-se à reflexão peneirada de assuntos interessantes, individualmente selecionados, como perda de tempo, não eu. Aconselho a dizer: “estou tentando parir uma estrela, por que sou uma ostra ferida”, o que significa construir algo de inteligente a ser dito no momento em que se é questionado ou, ao menos, não falar besteira.

Por Larissa Lauffer Reinhardt

Nenhum comentário: